sexta-feira, 14 de maio de 2010
pICA pAU bRASIL
O incrível animal que hospeda os predadores do polvo otarius
txt: prof. dr. Jack Obus*
Revista O Dilúvio - A Revista dos Piratas - # 16 - Maio de 2010
MOLUSCO peculiar, a lula barbuda costuma ser encontrada nas regiões remotas do planalto central brasileiro. Cientistas afirmam que este animal inicialmente se desenvolveu em meio à região fabril do ABC paulista, e, aos poucos, adaptou-se ao clima favorável do habitado deserto brasiliense. Costuma-se alimentar-se à custa de outro molusco interessante, o polvo otarius. Estudos mostram que a lula barbuda costuma cativar suas presas oferecendo migalhas e emitindo sons carismáticos que atraem o polvinho, cujo cérebro minúsculo é incapaz de perceber as artimanhas dos seus mais implacáveis predadores.
CURIOSAMENTE, um fenômeno interessante tem provocado distúrbios na cadeia alimentar. Na tentativa de proteger-se da lula barbuda, o polvo otarius aproxima-se da superfície, onde se torna vítima fácil de um tal tucano serra. Esta ave de rapina, aparentemente inofensiva, tem apresentado uma rápida evolução rumo ao topo da cadeia alimentar e não menos cruel que a lula barbuda.
ALIÁS, com a aproximação do ano de 2010, têm aumentado consideravelmente o número de predadores que dedicam quase todo o seu tempo para achacar o polvo otarius. Além dos já citados, destaca-se a aranha russefus, comumente encontrada as costas da lula barbuda, e um camaleão sorrateiro da família cirus gosma. Fodido por natureza e definitivamente na base dessa cadeia alimentar, o polvo otarius só devora a si mesmo. Esse bicho só não entra em extinção porque sua numerosa população representa farto alimento para toda sorte de predadores insaciáveis.
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