quarta-feira, 1 de julho de 2009
Trampando feito lôko pra móde ganhá dindim...
Arre égua...aqui uma correria sem tamanho pro tamanho do dindim ser maior no finaldemês...a coisa nas últimas tá curtim curtim e a criançada lá em casa, bem como a dona patroa esperam por mais da conta de um algo maior...la ví sem trampo é uma ví danada mais de metro...o trampo dignifica e também faiz moiá a mão cos pila que se ganha...eu agora tô nessa: trabaiá pra enricá, mesmo que só o currículo, pois currículo rico faiz chovê mais que dança de índio véio...e a dona Kôkka Preta sócagano fora do pinico, cacildiz.
BLACK OR WHITE? GRAY
# manda chuva #
Bye, Mike
txt: Tiago Jucá Oliveira
Eu era um piá de bosta e pela primeira vez pisava meus pés de patos em Sampa. Naquele fevereiro de 1984, eu mais meus pais e ermãos voltávamos da casa de minha vovó em Fortaleza, e fizemos uma escala de 10 dias que abalaram o meu mundo. Na capital bandeirante, fomos visitar meu tio Chico, antes de retornar a Sanch Fritz.
Leandro e Rogério, meus primos, só queriam saber de dançar break e de ouvir um tal de Michael Jackson. Eu, na época, morava numa colônia alemã, pra onde meu pai havia sido transferido, distante 500 milhas da capital petropolitana. Então imagine comigo: guri novo, residente numa pequeníssima cidade de maciça imigração germânica, na divisa com a Argentina, tri distante de Porto Alegre, longe demais das capitais. Haveria alguma hipótese de conhecer e gostar de Michael Jackson?
A princípio aquele som e aquela dança não me soaram tão bem, era macaquice de meus primos e seus amigos de rua. Bastou uma ida às regiões centrais de São Paulo para notar que a cidade era um verdadeiro thriller. Aos ouvidos e olhos quase só havia espaço praquela onda contagiante. Mike já era rei.
Sábado agora a MTV reprisou um especial sobre o astro produzido naquela mesma época pra emissora gringa. E nessas horas, a morte de Mike pelo menos tem uma curiosidade legal: a releitura da obra. E redescubro meus oito anos de idade, de olhos arregalados, perdido na grandeza duma megalópole que recém adotava uma nova trilha sonora.
O que dizer da trípice funkeira 'I Want You Back', 'ABC' e 'The Love You Save', dos tempos de Jackson Five? Desde menino, Mike já era fabuloso. O pequeno príncipe era um gênio em três aspectos: voz, dança e expressão. Diante dos holofotes, dançava e cantava sem nenhuma timidez.
Durante quase uma década, me distanciei de Mike. Nossa amizade foi refeita no dia em que vi numa loja um CD dele. Thriller. Como eu não poderia deixar de ter o álbum que mais de 100 milhões de personas do mundo inteiro tinham. Redescobrir "Billie Jean" e "Beat It" foi fundamental no meu DNA musical.
Há uma segunda separação de meus ouvidos com o jackson beat. O reencontro se dá quando viro músico e DJ. As duas músicas citadas no parágrafo acima entram definitivamente no meu set list pra nunca mais sair. Certa vez, numa festa, vem aquele estereótipo de menina hiponga reclamar pra mim: "tira isso e põe um Mutantes ou um Raul". Dei nos dedos: "a festa do PSOL não é aqui". Não sei o que é pior: o preconceito contra música pop universal (Madonna, New Order, Prince) ou contra música popular brasileira (Odair José, Wando, Wanderley Andrade, Calypso, Zezé di Camargo e Luciano).
E eis aqui eu, entre encontros e reencontros com o maior astro da música de todos os tempos. O cara que botou os Beatles no chinelo, nos mostrando o que é música de qualidade, e não ieieiê. Agora que ele se desencontra definitivamente do mundo, eu prometo que não o deixo de lado jamais.
Ouça nossa homenagem a Mike em O DILÚVIO Space Radio. Versões originais, versões inusitadas, dubs, instrumentais, mixadas e mashups. Seleção musical by DJ Basket Sound System.
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